
A resistência como potência
O fenômeno da resistência na teoria e clínica psicanalíticas é marcado por diferentes conceitos e interpretações, muitas vezes ambíguos e contraditórios. Ao mesmo tempo em que encobre, a resistência também revela; da mesma forma que pode obstruir e destruir um tratamento, é vista como essencial e indispensável para a viabilidade de uma análise. Freud utilizava, inicialmente, o termo “resistência” para designar um tipo de movimento do eu contra uma possível rememoração de mate

Psicanálise e Linguagem
Ao formular que o campo psicanalítico é fundado na fala e na linguagem, e que o inconsciente se constitui na e pela linguagem, o psicanalista francês Jacques Lacan sublinha o registro simbólico como aquele dominante no psiquismo e fundante do sujeito do desejo. O que interessa à Lacan é a fala enquanto linguagem, remetida a um Outro e situada na relação íntima que guarda com o falante. O desejo se articula na linguagem e se revela, por exemplo, nos lapsos e em todos os tropeç

Angústia, Entre o Gozo e Desejo
O conceito de angústia vem sendo revisto e modificado ao longo do tempo, principalmente por Freud e Lacan. Hoje, apresenta-se nos consultórios médicos e psicoterápicos, com assustadora frequência, sob o rótulo de “pânico” Atualmente, multiplicam-se nos consultórios médicos e psicoterápicos sujeitos acossados por sintomas que remetem à angústia. Sintomas decorrentes de uma exigência de satisfação irrestrita, que reflete a tônica da sociedade hedonista contemporânea. Goze! Não

A Marca do Excesso na Atualidade*
*publicado na revista Psicanálise (nº 6) - out. 2011 Os sintomas contemporâneos possuem uma marca em comum: a marca do excesso. O que se apresenta na atualidade é um tipo de sofrimento que está relacionado não mais à repressão, à falta, mas sim ao excesso, à “falta de falta”. O que temos visto, hoje em dia, é um tipo de sofrimento causado não mais pela repressão, pela falta, mas sim pelo excesso, pela “falta de falta”, como já enunciava o psicanalista francês Jacques Lacan. V


Sexualidade na Terceira Idade
O relacionamento sexual é fonte de satisfação e realização e deve, tanto quanto possível, se estender por toda a vida. Há um número cada vez maior de pessoas que chegam à velhice motivadas a manter uma vida sexual ativa e apresentando boas condições físicas e psicológicas para desfrutá-la. A sexualidade na terceira idade é um tema comumente negligenciado pela medicina, pouco conhecido e menos entendido pela sociedade, pelos próprios idosos e pelos profissionais da saúde. Para