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A Psicoterapia Analítica

psicanálise

"posso asseverar que o método analítico de psicoterapia é o mais penetrante, o que chega mais longe, aquele pelo qual se consegue a transformação mais ampla." (S. Freud)

psicanálise pode ser descrita como um percurso que possibilita, a quem percorrê-lo, adquirir um conhecimento maior sobre si mesmo, sobre as forças antagônicas que atuam em sua psique e, principalmente, sobre seu desejo. Inicialmente, Freud não fazia distinção entre os termos psicoterapia e psicanálise, empregando-os indistintamente para referir-se ao método de tratamento que criara. Frequentemente, utilizava a expressão terapia analítica, como que estabelecendo uma conexão entre ambos.

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Quando o psicanalista francês Jacques Lacan fala sobre desejo, não é a qualquer desejo que ele se refere; trata-se sempre de desejo inconsciente, cuja origem é, invariavelmente, sexual. Sobre a natureza inconsciente do desejo, Miller (1997, p. 204) deixa claro que “o desejo é a vontade mais além do que podemos conhecer conscientemente”. Pode-se dizer, resumidamente, que o que se busca no tratamento analítico seria, portanto, “ensinar o sujeito a nomear, a articular, a fazer passar para a existência, este desejo que está, literalmente, para aquém da existência, e por isto insiste.(...) Que o sujeito chegue a reconhecer e a nomear seu desejo, eis aí a ação eficaz da análise.” (Lacan, 1954-55/2010, p. 309).

Já em 1905, Freud escrevia sobre a função central da palavra no tratamento analítico: "Um desses meios é sobretudo a palavra, e as palavras são também a ferramenta essencial do tratamento anímico (psíquico)." (Freud, SE, vol. VII, p. 271). Anna O., famosa analisante do médico austríaco Josef Breuer (colega de Freud), apelidou o método psicanalítico de "talking cure" ou "cura pela fala/palavra". Mais de um século depois, a escritora Martha Medeiros, em um de seus textos mais inspirados, parece concordar com Anna O.:"Como atingir o ponto nevrálgico das nossas dores sem o bisturi certeiro da palavra? É através dela que a gente se cura". ("A palavra", Medeiros, 2011). Para a psicanálise, "talking cure" em sua essência, a palavra tem poder de cura, de transformação. "É próprio da psicanálise operar sobre o sintoma mediante a palavra, quer seja esta a palavra da pessoa em análise, quer seja a interpretação do analista.", esclarece o psicanalista francês Jacques-Alain Miller (1988, p. 12).

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