A Psicoterapia Analítica
JACQUES LACAN
Nome Completo: Jacques-Marie Émile Lacan
Nascimento: 13 de abril de 1901 - Paris, França
Morte: 9 de setembro de 1981 (80 anos) - Paris, França
Nacionalidade: Francês
Ocupação: Psicanalista
Influências
Freud, Clérambault, Saussure,Hegel, Martin Heidegger, Jakobson, Émile Benveniste, Lévi-Strauss, Kojève, Georges Bataille
Influenciados
Žižek, Althusser, Guattari, Badiou, Miller, Kristeva, Jacques Derrida
Escola/tradiçãoEstruturalismo, Pós-estruturalismo
Principais interesses: Psicanálise, Filosofia, Antropologia, Literatura, Lingüística, Topologia, Saúde mental
Frases e Pensamentos
‘Freud incumbe-se de nos mostrar que há doenças que falam e de nos fazer ouvir o que elas dizem…’ (Congresso de Línguas Românicas – 1951)
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‘Em nenhum caso uma intervenção psicanalítica deve ser teórica, sugestiva, quer dizer, imperativa; ela deve ser equívoca. A interpretação analítica não é feita para ser compreendida; ela é feita para produzir ondas.’
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‘A experiência (analítica), ao contrário, conduz-nos à terceira via, que colocarei sob o indicador da função da chave. A chave é aquilo que abre e que, para abrir, funciona.’
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‘O inconsciente é estruturado como uma linguagem.’
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‘Algo em nós sempre ri, sonha e fracassa.’
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‘A psicanálise prossegue por um retorno à ação.’ (1959-60/2009, p. 371)
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‘Nada força ninguém a gozar, senão o supereu. O supereu é o imperativo do gozo – Goza!’ (1972-73, p. 11)
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‘Quando Freud tenta elaborar o que a princípio só é articulado metaforicamente, ele nos diz que o gozo conduz a uma diminuição do limiar necessário à manutenção da vida, limiar este que o próprio princípio do prazer define como um infimum, isto é, a mais baixa das elevações, a mais baixa tensão necessária a essa manutenção. Mas também é possível cair abaixo dele, e é aí que a dor começa e só pode disseminar-se. Por fim, diz-nos Freud, esse movimento tende para a morte.’ (sem. 16, 1968-69, p. 111)
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‘Ele (Freud) sabia, e nos deu esse saber em termos que se podem dizer indestrutíveis.’ (1964/2008, p. 226)
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‘A angústia, portanto, é um termo intermediário entre o gozo e o desejo, uma vez que é depois de superada a angústia, e fundamentado no tempo da angústia, que o desejo se constitui.’ (1962-63/2005, p. 193)
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‘O desejo, função central em toda experiência humana, é desejo de nada que possa ser nomeado.’ (1954-55, p. 302)
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‘Quer normatizem meus objetos, quer não, enquanto eu desejo, nada sei sobre aquilo que desejo. Depois, de vez em quando, aparece um objeto entre todos os outros, o qual realmente não sei por que está ali.’ (1962-63/2005, p. 93)
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‘O gozo fálico é o obstáculo pelo qual o homem não chega, eu diria, a gozar do corpo da mulher, precisamente porque o de que ele goza é do gozo do órgão.’ (1972-73, p. 15)
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‘A castração quer dizer que é preciso que o gozo seja recusado para que possa ser alcançado na escala invertida da Lei do desejo.” (1960, p. 807)
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‘Aqui, trata-se de atacar, evidentemente, algo que é da ordem da relação do desejo com o gozo’. (1962-63/2005, p.197)
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‘O que é importante é ensinar o sujeito a nomear, articular, trazer este desejo à existência.” (1954-55, p. 228)
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‘Vocês não sabem que não é a nostalgia do seio materno que gera a angústia, mas a iminência dele? O que provoca a angústia é tudo aquilo que nos anuncia, que nos permite entrever que voltaremos ao colo. (…) e ela (a criança) fica perturbada ao máximo quando não há possibilidade de falta, quando a mãe está o tempo todo nas costas dela (…) (1962-63, p. 64)
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‘O retorno ao texto de Freud mostra, ao contrário, a coerência absoluta de sua técnica e de sua descoberta.’ (Escritos, 1966/2008, p. 245)